RESERVA PRÓ ATIVA

quinta-feira, 19 de novembro de 2020

OPERAÇÃO AMAZÔNIA

 

Op Amazônia - Retorna último escalão para o Forte Santa Barbara


Em 16 de Outubro a seção de ASTROS2020, que participou na Operção Amazonia 2020, cruzou o pórtico do Forte Santa Barbara. Sede do Comando da Artilharia do Exército Brasileiro - Foto Cmdo Artilharia
 





Formosa (GO) – Na manhã do dia 16 de outubro, aconteceu a recepção do último escalão do Comando de Artilharia do Exército que participou da Operação Amazônia 2020, composta por 32 militares e 10 viaturas.

A Operação ocorreu no período de 3 a 23 de setembro, com a participação de mais de 3.600 militares e contou com tropas do Comando Militar da Amazônia (Amazonas, Rondônia, Roraima e Acre), do Comando Militar do Norte (Belém/PA), da 23ª Brigada de Infantaria de Selva (Marabá/PA), do Comando de Artilharia do Exército (Formosa/GO), do 18º Grupo de Artilharia de Campanha (Rondonópolis/MT), do Comando de Operações Especiais (Goiânia/GO), da Brigada de Infantaria Pára-quedista (Rio de Janeiro/RJ), apoio da 11ª Região Militar e com participação da Marinha do Brasil e da Força Aérea Brasileira.



O objetivo da Operação foi o adestramento das tropas, simulando uma ameaça externa em ambiente operacional amazônico, a fim de contribuir para o cumprimento da missão constitucional da Forças Armadas, de defender a Pátria e garantir a soberania nacional.

O comboio do Comando de Artilharia do Exército deslocou-se pelos modais rodoviário e fluvial totalizando mais de 7.000 quilômetros de distância. Por ocasião da chegada, a tropa prestou a continência ao terreno e, em seguida, foi cumprimentada pelo Comandante de Artilharia do Exército, seu Estado-Maior, e também pelos Comandantes das Organizações Militares Diretamente Subordinadas.



O Comandante da Artilharia Gen Bda Valerio Lange recebe o mebro do último escalão, que participou da Operação Amazônia Foto - Cmdo Artilharia




Parte do comboio com escolta


O EXÉRCITO NO AMAZONAS

 

Exército brasileiro patrulha fronteiras na remota região norte da Amazônia

O Brasil mobilizou mais de 4.000 soldados para patrulhar sua costa norte, perto da fronteira florestal com a Guiana Francesa, contra o tráfico de drogas, armas e ouro e outros crimes na remota região da floresta amazônica.

A Reuters acompanhou soldados armados com rifles que navegavam pelos rios e costas da Amazônia em embarcações e tanques anfíbios durante dois dias de patrulha nos Estados do Pará e do Amapá, no norte da floresta amazônica.

A polícia, autoridades ambientais e outras agências governamentais também estão envolvidas na missão chamada de operação Ágata Norte. A operação, que começou em 22 de outubro e deve continuar em novembro, confiscou 146.000 toneladas de manganês, 86 gramas de ouro e várias remessas de madeira não documentada, além de destruir 3.000 plantas de maconha, segundo comunicado do Ministério da Defesa.

“O problema que nós temos maior, que a gente visualiza, que pode se tornar um problema ainda maior no futuro, é a questão do garimpo ilegal e principalmente a questão do desmatamento e dos danos ambientais que ele traz”, disse o general Adilson Giovani Quint, comandante de uma das brigadas de infantaria da missão.

A destruição da floresta amazônica pelo garimpo ilegal, madeireiros e outros criminosos cresceu desde que o presidente Jair Bolsonaro assumiu o poder, em janeiro de 2019.

Bolsonaro tem incentivado a agricultura comercial e mineração na Amazônia, dizendo que ajudaria a tirar a região da pobreza. Ele também enfraqueceu agências ambientais que considera muito zelosas na emissão de multas e destruição de equipamentos ilegais de garimpo e extração de madeira.

Operação Ágata intensifica ações na fronteira com Guiana Francesa¹



Eram pouco mais de 11h quando os 36 militares da Companhia Especial de Fronteira de Clevelândia do Norte, em Oiapoque, no Pará, receberam instruções de seu superior para a missão de patrulhamento, visualizando detalhes em uma maquete. Eram quatro equipes que sairiam para patrulhar o Rio Oiapoque, com uma equipe para apoio aéreo em um helicóptero.

Com o grito “Selva: Aqui começa o Brasil” após o fim das instruções, eles partiram para a missão. As equipes se dirigiram para os barcos, atracados no rio a pouco menos de 100 metros da reunião logística. Armados com fuzis automáticos leves, os militares subiram nas embarcações - equipadas para combate intenso - e zarparam. Inicialmente, os veículos aquáticos navegaram em círculos em frente a base até a chegada do helicóptero. O procedimento durou até a ordem para iniciar a missão. Começava assim a patrulha na divisa entre o Brasil e a Guiana Francesa.

Esta operação específica fez parte da Operação Ágata Norte, que no dia anterior teve um exercício militar com carros sobre lagarta anfíbio (CLAnf) e caças na praia do Amor, na Ilha do Outeiro, nas proximidades de Belém. Resultados parciais (de 22 de outubro à 30 de outubro) da operação mostram que, no período, 1.943 embarcações foram abordadas. Destas, 126 foram notificadas, 72 foram apreendidas e duas apresadas.

A Operação Ágata Norte está sendo realizada nos estados do Pará e do Amapá nos meses de outubro e novembro pelas Forças Armadas, em conjunto com a Polícia Federal, Receita Federal, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), entre outros órgãos federais e estaduais. A operação tem como finalidade executar ações preventivas e repressivas contra crimes transfronteiriços e ambientais, além de atuação de assistência hospitalar.

O efetivo da operação é de cerca de 4.400 militares, 72 embarcações, 100 veículos terrestres e 14 aéreos, entre helicópteros e aviões. Soma-se a esse contingente a participação dos integrantes das 16 agências que participam da operação. Eles desenvolvem ações em uma área interestadual equivalente à 16,3% do território nacional, e a 14,2% da extensão marítima brasileira. São 1.160 quilômetros de litoral e 1.323 km de fronteira terrestre.

“A mentalidade de segurança, a capacitação da tropa, adestramento, inibição de ação das organizações criminosas, mas eu considero que o mais importante é a aplicação da estratégia da presença pelas Forças Armadas. Quem ganha é a sociedade brasileira. Os resultados intangíveis é que são mais importantes,” disse o comandante da Força Terrestre Operante da Operação Ágata Norte, general de brigada Adilson Giovani Quint.

Região de fronteira

Na região da fronteira com o Brasil, as Forças Armadas combatem principalmente crimes transfronteiriços e ambientais, como tráfico de armas e munições, tráfico de animais silvestres e garimpos ilegais. 

Segundo o comando do batalhão local, o problema de desmatamento ilegal não é muito grande na região sob a responsabilidade do batalhão, que abrange 150 quilômetros a partir da fronteira com a Guiana Francesa. O Ministério da Defesa, de Brasília, consegue acompanhar online como está sendo o deslocamento de cada tropa e qualquer evento que venha a surgir durante as operações.
 

Somente a 22ª Brigada, durante a Operação Ágata Norte, causou perdas de cerca de R$ 400 mil para as organizações criminosas que atuam no local, segundo dados da corporação.

“[Esse é um] prejuízo no primeiro e segundo dia de operação, depois praticamente cessam. Eles trocam informação entre eles e cessam o movimento. Até agora depois disso aí, nós temos tido resultados tangíveis pequenos”, disse o general Quint.

O general citou o exemplo de Casuem, onde fica o mais antigo garimpo legalizado do Brasil, mas que também abriga diversos garimpos ilegais. “A Agência nacional de Mineração estava ali conosco e confirmou isso, e a informação que estava nessa localidade e arredores era que os garimpeiros, o pessoal que estava explorando, espalharam que as Forças Armadas estavam na área e que era para segurar esse movimento.”

Quint admite que os garimpeiros ilegais devem voltar futuramente, mas ele diz que a brigada realiza essas operações constantemente. “A ação é permanente, mas neste momento há um reforço [com a Operação Ágata Norte].”

Garimpo ilegal

O general Quint afirmou, ainda, que enxerga na mineração ilegal o maior problema da região, tanto agora quanto no futuro. Segundo o militar, há possibilidade de amplificação na atividade, o que traz, em consequência, maiores danos ambientais e ampliação do desmatamento.

Para o general, as Forças Armadas podem contribuir de forma decisiva para a redução desses danos ambientais e no combate ao garimpo ilegal. “Nós buscamos a redução, mas também buscamos a prevenção e a conscientização sobre os danos ambientais que são causados quando você abre um garimpo ilegal ou uma serraria sem autorização”, disse.

O comandante ressaltou que há cerca de dez anos o Ministério da Defesa, preocupado com essa situação, realiza este tipo de operação conjunta ao longo de toda a fronteira. “O Ministério da Defesa naturalmente tem um papel importantíssimo, tem nos apoiado com material e com recursos financeiros. Outro aspecto bastante importante é a nossa coordenação e cooperação com os demais órgãos de segurança pública federais, como PF, PRF, Receita, Ibama, ICMBio e naturalmente as estruturas estaduais”, argumentou.

O general também destacou que há um trabalho conjunto entre Brasil e Guiana Francesa no combate aos crimes transfronteiriços e ambientais. “Nós temos aplicado a estratégia da cooperação com as forças armadas guianesas, que fazem parte da França. A nossa relação com eles é muito boa. Nós realizamos ao longo dessa operação [Operação Ágata] cerca de quatro dias de operações coordenadas: eles em território da Guiana e nós aqui, do nosso lado.”


¹com EBC


PREMIAÇÃO

 O Comando Militar do Leste recebeu o reconhecimento por suas ações de preservação do meio ambiente

Rio de Janeiro (RJ) – O Comando Militar do Leste (CML), no dia 17 de novembro, foi agraciado com o prêmio CREA-RJ MEIO AMBIENTE 2020. Destacando ações de preservação de extensas áreas de interesse ambiental no Rio de Janeiro, além de possibilitar a futuras gerações conhecimentos naturais sobre o bioma da região, o Comando Militar do Leste recebeu a justa homenagem por videoconferência, realizada no Centro de Coordenação de Operações(CCOp) do CML.

Representando o Comando Militar do Leste, o Comandante da 1ª Região Militar, General de Divisão André Luiz Silveira, ressaltou o orgulho de receber esse prêmio. Rememorou na mesma oportunidade, que: “a época do império, na missão das Forças Armadas, já se incluía a proteção ao meio ambiente”. E completando, comentou: “Nossas escolas de formação já apresentam em seu currículo o assunto Meio Ambiente. Nossos jovens oriundos do serviço militar obrigatório, em torno de 80 mil recrutas, são treinados e orientados no tema preservação, reforçando a conscientização de caráter individual e institucional”. Ainda em seu agradecimento, finalizou citando a Diretoria de Patrimônio Imobiliário e Meio Ambiente (DPIMA), órgão de apoio técnico-normativo-consultivo que tem por finalidade superintender as atividades de âmbito nacional, relacionadas ao considerado tema estratégico para o Exército.

Acompanhado pelo Chefe do Estado-Maior do CML, General de Brigada Eduardo Tavares Martins e do Chefe da Assessoria de Relações Institucionais, Coronel R/1 Ricardo Corrêa Leão, o General Silveira parabenizou aos premiados e, em nome do presidente do CREA-RJ, Luiz Antonio Cosenza, cumprimentou a distinta banca do Conselho.

Texto: 2º Tenente Ferrentini / Fotos: Soldado R. Menezes

Sobre o prêmio

 

Prêmio Crea-RJ de Meio Ambiente é concedido anualmente com o objetivo de expressar reconhecimento às personalidades ou instituições e entidades que tenham se distinguido por suas posições, ações e projetos na luta pela preservação, defesa e/ou conservação na área da Engenharia, da Agronomia, da Geologia, da Geografia e da Meteorologia, preferencialmente em ações no Estado do Rio de Janeiro.

A iniciativa permite a identificação de valores morais e éticos que contribuíram ou venham a contribuir com a melhoria da qualidade de vida e de comportamentos que serviram ou poderão servir de exemplo e nortear ações de indivíduos e organizações. (FONTE: CREA-RJ)

 

Comando Militar do Leste

FATOS MARCANTES DA HISTÓRIA DAS FORÇAS ARMADAS.

 

Confira

1548  – Dom João III, rei de Portugal, resolve criar um governo-geral com sede na Bahia, que inclui milícias de defesa.

1566  – Expulsos os franceses da baía da Guanabara.

1615  – Expulsão dos franceses de São Luís.

1648  – Batalha dos Guararapes, em 19 de abril, marca o início da organização do exército como força genuinamente brasileira.
 

1707–1720  – Forças militares são usadas para reprimir movimentos como as guerras dos Emboabas e dos Mascates e a Inconfidência Mineira.

1762  – Marquês de Pombal contrata oficiais estrangeiros para reorganizar e profissionalizar o exército português, inclusive nas colônias.

1808  – Corte portuguesa se transfere para o Rio.

1810  – Criação da Academia Real Militar, no Rio de Janeiro.

1811–1815  – Construção de hospitais militares, arsenais de guerra, indústrias de armas e fábricas de pólvora. Tropas de elite começam a admitir brasileiros.

1815  – Criado o Ministério da Guerra no Brasil. Tropas regulares de Portugal desembarcam no país.

1817  – Oito mil homens e forças navais são usadas para reprimir a Revolução Pernambucana.

1822  – Dom Pedro I declara a Independência do Brasil, ao lado de soldados da cavalaria que formavam sua guarda de honra.
 

1824  – Decreto do imperador Dom Pedro I determina a organização das forças militares brasileiras (Exército e Marinha).

1824  – Ajudadas por mercenários estrangeiros, tropas sufocam a Confederação do Equador (PE).

1825–1828  – Guerra da Cisplatina, entre Brasil e as Províncias Unidas do Rio Prata, pela posse do atual Uruguai.

1831  – Reorganização do exército imperial brasileiro, seguida da criação da Guarda Nacional. Extintos os antigos corpos de milícias e ordenanças, além das guardas ­municipais.

1832–1841 – Exército imperial reprime sucessivas revoltas como a Cabanada, a Cabanagem, a Sabinada, a Balaiada, a Federação do Guanais e a Revolta dos Malês.

1835–1845  – Luis Alves de Lima e Silva (depois Duque de Caxias) lidera as tropas imperiais na Revolução Farroupilha (RS), que causou mais de 40 mil mortes.

1837 – Tentativa de implantação do serviço militar obrigatório no Brasil, que só se consolidaria nas primeiras décadas do século 20.

1842–1875 – Repressão militar a novas revoltas (Liberais, Praieira, Muckers e Quebra-Quilos).

1851–1852 – Guerra contra Oribe e Rosas é travada entre as tropas da Argentina e uma aliança formada pelo Brasil, Uruguai e províncias rebeldes da própria Argentina. Envolve mais de 100 mil soldados, nos dois lados da disputa, e deixa mais de 1.600 vítimas fatais.

1864  – Guerra contra Aguirre, em represália a invasões no sul do país por grupos uruguaios, envolve 6 mil homens.

1864–1870 – Invasão de Mato Grosso pelo exército de Solano López deflagra a Guerra do Paraguai, travada contra a Tríplice Aliança (Brasil, Argentina e Uruguai). Maior conflito armado na América do Sul, envolve mais de 280 mil soldados, com 300 mil mortos paraguaios (incluindo civis) e 50 mil brasileiros. Lideranças militares brasileiras de destaque: Duque de Caxias, general Osório e almirante Tamandaré, famoso pela Batalha do Riachuelo.
 

1889  – Marechal Deodoro da Fonseca proclama a República e é o primeiro presidente militar do país, de um total de nove (veja quadro abaixo).

1889 a 1932  – Forças Armadas atuam na repressão a diversas rebeliões internas: guerras de Canudos (1896) e do Contestado (1912), revoltas da Armada (1891) e da Chibata (1910) e revoluções Federalista Gaúcha (1893) e Constitucionalista de São Paulo (1932).

1906  – Estabelecido o serviço militar obrigatório, por sorteio (que só valeu, na prática, a partir de 1916).

1917  – Participação militar na 1ª Guerra Mundial: envio de um grupo de aviadores do Exército e da Marinha, de um corpo médico-militar do Exército e de uma divisão naval.

1919  – Nova reorganização na estrutura do Exército por uma missão militar francesa, chefiada pelo general Maurice-Gustave Gamelin.

1922  – Revolta dos 18 do Forte de Copacabana (RJ) é o primero dos quatro episódios decorrentes do tenentismo, movimento político-militar e série de rebeliões de jovens oficiais de baixa e média patente do Exército, que propunham o fim do voto de cabresto, o voto secreto e a reforma na educação pública.
 

1925  – Militares iniciam a Coluna Prestes, que marchou durante três anos pelo interior do Brasil enfrentando tropas oficiais, jagunços e c­angaceiros.

1930  – Movimento armado, liderado por Minas Gerais, Paraíba e Rio Grande do Sul, depõe o presidente Washington Luís e coloca no poder Getúlio Vargas.
 

1932  – Revolução Constitucionalista, em São Paulo, tem 87 dias de combates, com um saldo oficial de 934 mortos.

1935  – Intentona Comunista ocorre em locais esparsos do país (Rio, Recife e Natal), causando a morte de 30 militares e cerca de 1 mil civis.

1937  – Com o apoio dos militares, Getúlio Vargas implanta o Estado Novo, ditadura que persistiria até 1945.

1938  – Levante Integralista tenta a invasão do Palácio Guanabara, mas é sufocado. Alguns revoltosos são sumariamente fuzilados.

1941  – Decreto cria o Ministério da Aeronáutica e funde as forças aéreas do Exército e da Marinha numa só corporação, a atual Força Aérea Brasileira (FAB).

1942  – Brasil declara
guerra ao Eixo (Alemanha, Itália e Japão)e entra na 2ª Guerra ­Mundial.

1944  – Envio ao front italiano da Força Expedicionária Brasileira, que envolveu 25.334 homens.
 

1945  – Getúlio Vargas renuncia, em movimento apoiado por militares como Gaspar Dutra, Góis Monteiro e Eduardo Gomes.

1945  – Gaspar Dutra, ministro da Guerra de Getúlio, é eleito ­presidente.

1949  – Escola Superior de Guerra (ESG) é criada.

1954  – Outra vez presidente, Vargas se suicida, causando uma comoção nacional que, segundo historiadores, adiou um golpe militar de direita.

1955  – Movimento liderado pelo ministro da Guerra, Teixeira Lott, mobiliza as tropas e garante a posse dos eleitos Juscelino Kubitschek e João Goulart, presidente e vice.

1956  – Oficiais da Aeronáutica insatisfeitos se rebelam e se instalam em Jacareacanga (PA). Rebelião dura 19 dias.

1957–1967 – Primeira experiência das Forças Armadas em missão de paz da ONU. Batalhão de Infantaria de aproximadamente 600 homens é enviado ao Egito.

1959  – Nova revolta militar, agora em Aragarças (GO).

1960  – Começa a se formar a Doutrina de Segurança Nacional. As Forças Armadas vivem um período de intensa ideologização, divididas entre militares de esquerda e anticomunistas.

1964–1985  – Golpe militar derruba João Goulart e fecha partidos, sindicatos e organizações estudantis. Opositores são cassados ou aposentados compulsoriamente. Há censura à imprensa e a tortura de presos se torna comum. Forças Armadas reprimem movimentos de guerrilha urbana e rural (número oficial de mortes: 384). Três dos cinco presidentes do ciclo militar eram tenentes na Revolução de 1930: Castelo Branco, Garrrastazu Médici e Ernesto Geisel.
 

1965  – Exército participa da Invasão da República Dominicana pelos EUA.

1985  – General João Batista de Figueiredo é substituído na presidência por José Sarney, encerrando o regime militar.

1980  – É permitido o ingresso de mulheres na Marinha, em funções administrativas.

1988  – Com a promulgação da Constituição, Forças Armadas se afastaram do núcleo político brasileiro, voltando-se para suas missões
constitucionais.

2006 – Formada a primeira turma de mulheres ­pilotos de aviação da FAB.



terça-feira, 10 de novembro de 2020

GUARANI

Projeto Estratégico do Exército GUARANI

 




O processo de transformação do Exército, em consonância com a Estratégia Nacional de Defesa, buscará levar uma Força Terrestre da Era Industrial para a Era do Conhecimento, sem alterar, no entanto, seus princípios, crenças e valores, conduzindo o Exército ao patamar de Força Armada de país desenvolvido e ator global, contando para isso com a modernização de equipamentos e desenvolvimento de tecnologias para recuperar a capacidade de operar com eficiência. Esses novos equipamentos irão fazer com que se mude o modo de ação e a visão de emprego da Força.
Nesse contexto, o vetor Ciência e Tecnologia é considerado um elemento central, dotado de efetiva capacidade de orientar e impulsionar as áreas operacional, logística e administrativa do Exército Brasileiro.

Um dos Projetos Estratégicos de grande vulto é o Projeto Guarani que teve início em 2007 no Escritório de Projetos do DCT no Rio de Janeiro e tem por objetivo transformar as Organizações Militares (OM) de Infantaria Motorizada em Mecanizada e modernizar as OM de Cavalaria Mecanizada. Para isso estão sendo desenvolvidas novas Viaturas para compor a família de Viaturas Blindadas de Rodas, a fim de dotar a Força Terrestre de meios para incrementar a dissuasão e a defesa do território nacional.

Atualmente as Condicionantes Doutrinárias e Operacionais (CONDOP) preveem uma Nova Família de Blindados de Rodas em dois modelos básicos: subfamília média composta de Vtr 6x6 e 8x8 e uma subfamília leve, formada por Vtr do tipo 4x4, sendo que a primeira versão desenvolvida foi a Viatura Blindada de Transporte de Pessoal - Média , de Rodas Guarani (VBTP-Me, Rd), a fim de possibilitar a substituição das Viaturas EE-011 URUTU, fabricadas pela empresa ENGESA, que estão em uso há mais de 40 anos.

 

O Produto:

A VBTP-Me, Rd Guarani é capaz de transportar até 11 militares, incluindo o comandante do carro, o atirador e o motorista, em ambiente climatizado e ergonomia adequada.

A viatura tem 6,91 m de comprimento, 2,70 m de largura e 2,34 m de altura, permitindo ser transportado por aeronave KC-390, da EMBRAER. Possui ainda capacidade anfíbia, com dois propulsores de hélices responsáveis pela operação em meio aquático.

Seu peso bruto total é de 18 toneladas, tração 6x6 e os dois eixos da frente são esterçáveis, mitigando restrições de arrasto nas rodas, otimizando a distribuição de peso e reduzindo o raio de giro. É impulsionado por motor diesel Cursor 9, da FPT Industrial, com torque máximo de 1.514 N.m @ 1.100 rpm e potência máxima de 383 CV @ 2.100 rpm. Ele conta, ainda, com transmissão automática de 6 velocidades à frente, desenvolvendo 90 Km/ de velocidade máxima.

Além do diesel, o motor também opera com querosene de aviação ou combinação de ambos em qualquer proporção, conferindo versatilidade em ambiente operacional pelo uso do mesmo combustível de aeronaves.

Tem capacidade de ultrapassar rampa frontal de 60 %, rampa lateral de 30 % e degrau de 0,5 m.

Possui sistema automático de extinção e detecção de incêndio, capacidade de operação noturna, posicionamento global por satélite (GPS) e um sistema de mira laser que, quando ativo, comanda automaticamente a torre do canhão, alinhando-a na direção do inimigo.

A proteção balística e antiminas é composta por aço e spall liner, uma forração de fibra montada internamente para proteção dos tripulantes contra projeção de estilhaços, e pela predisposição para receber externamente uma blindagem adicional. Os pneus run flat, montados com anel toroidal interno, possibilitam rodar sem pressão pneumática.

Foram definidas três configurações possíveis para o sistema de armas: a torre para canhão automático de 30 mm, o reparo de metralhadora automatizado e a torreta para a estação de armas de acionamento manual. Os dois primeiros são operados remotamente no interior do veículo e possuem plataforma estabilizada com sistema computadorizado de auxilio ao tiro.

O tempo de fabricação da VBTP-MR Guarani é de 2.500 horas, sendo 1.500 horas de soldagem. Para efeito de comparação, um caminhão convencional consome 100 horas.

Fonte DCT

SISTEMA DE PRONTIDÃO DO EXÉRCITO BRASILEIRO

 

SISPRON - O Sistema de Prontidão do Exército Brasileiro

O Exército Brasileiro vem implementado Sistema de Prontidão do Exército Brasileiro, que está revolucionando a capacidade de mobilização e operação da Força Terrestre

Força-Tarefa Guarani se apresenta em Cascavel.
    



Com informações do Comando de Operações Terrestre (COTER),
e apoio do Centro de Comunicação Social do Exército (CCOMSEx),
especial para DefesaNet

 
O conceito de prontidão no Exército Brasileiro remonta às suas origens, sendo que sempre esteve presente no dia a dia da Força, seja por ocasião da preparação dos planos estratégicos e operacionais, seja pela manutenção de forças que permitissem apresentar, em tempo e local desejados, o poder de combate necessário para fazer face à ameaça que se apresentava.

Com o advento de novas tecnologias, entre as quais as referentes à simulação de combate com o uso intensivo de programas computacionais e dispositivos de realidade virtual, a Força Terrestre optou por sistematizar a preparação de suas forças de prontidão, criando, para tanto, o Sistema de Prontidão Operacional da Força Terrestre (SISPRON).

Tal sistema objetiva, em síntese, implantar uma metodologia única e já comprovada de preparação de grandes efetivos para, mediante rodízio, manter ininterruptamente tropas habilitadas ao cumprimento de todas as missões constitucionais, com destaque para a Defesa Externa e a salvaguarda de interesses brasileiros no exterior, além das já habituais missões subsidiárias.

SISPRON é composto pelas denominadas Forças de Prontidão (FORPRON), que nada mais são que Comandos de Divisão de Exército e Brigadas selecionadas, às quais se somam os denominados Módulos Especializados, ou seja, tropas com características diferenciadas (Operações Especiais, Guerra Eletrônica, Defesa Cibernética, Operações Psicológicas, Lançadores Múltiplos de Foguetes, etc).

Assim, no ano em curso (2020), teve início a implantação de um projeto-piloto contando, inicialmente, com as 6 (seis) Brigadas consideradas como Forças de Emprego Estratégico do Exército:

-  Brigada Infantaria Pára-quedista(Bda Inf Pqdt) FT Santos Dumont;
 12ª Brigada Infantaria Leve Aeromovel (12ª Bda Inf L Amv) FT Ipiranga;
-  15ª Brigada Infantaria Mecanizada (15ª Bda Inf Mec);
 23ª Brigada Infantaria de Selva (23ª Bda Inf Sl);
-  5ª Brigada de Cavalaria Blindada (5ª Bda C Bld), e,
-  4ª Brigada Cavalaria Mecanizada (4ª Bda C Mec).


Todas estas Brigadas foram ou estão sendo submetidas à nova metodologia que prevê um ciclo que gira em torno de 12 (doze) meses, dividido em três fases: preparação, certificação e prontidão.



No período de 5 a 7 de outubro, a Força-Tarefa Ipiranga, Força de Prontidão da Brigada Aeromóvel (FORPRON Amv), realizou as atividades operacionais relativas à sua certificação no Sistema de Prontidão do Exército.



Fase 1 – Preparação - Os efetivos selecionados, todos profissionais, quer dizer, não há recrutas, são submetidos a uma sequência de instruções que objetivam capacitá-los para a fase seguinte. Como exemplo, podemos citar a realização de toda a série de tiro individual ou com armamentos coletivos, adestramento enquadrado em uma fração singular ou num sistema de armas (grupo de combate, carro de combate, obuseiro etc), reforço no treinamento físico militar e reciclagem de instruções básicas (primeiros socorros, orientação, camuflagem etc.) entre outras. Esta fase tem duração aproximada de 3 (três) meses.

Fase 2 – Certificação - Na fase seguinte advém o grande ganho para estas tropas. As mesmas são avaliadas por meio do uso da simulação, sendo que esta fase será dividida em três subfases: a simulação construtiva, a simulação virtual e o exercício de campanha. Na simulação construtiva, também chamada de Jogo de Guerra, os Centros de Adestramento (CA) do Exército, situados em Santa Maria-RS e Rio de Janeiro-RJ, submeterão o General Comandante, seus Estado-Maiores e os Comandantes de Unidades e Subunidades a um exaustivo processo de verificação da adequação de suas manobras planejadas para uma missão de combate específica. Para tanto, utiliza-se a ferramenta denominada “Programa Combater”, um software que simula problemas militares e faz o papel do inimigo.

A próxima subfase tem como alvo os Oficiais e Sargentos comandantes de pequenos escalões e simula o combate que teriam nos seus níveis por meio de outro programa computacional, o virtual battlespace 3 (VBS 3).

A última, e considerada como a mais significativa subfase, é o Exercício de Campanha, oportunidade em que toda a tropa (do General ao Soldado mais moderno) irão ao terreno aplicar os aprendizados auferidos nas fases e subfases anteriores. Nesta oportunidade, os CA, por intermédio de observadores e de uma força oponente simulada, e valendo-se de Dispositivos de Simulação de Engajamento Tático (DSET) aplicados a ambos os contendores, avaliarão a performance de todos os participantes, devendo concluir, ao final da mesma, se toda a tropa está apta a adentrar na última fase do ciclo de prontidão. A esta aptidão alcançada e confirmada damos o nome de Certificação.

Após devidamente certificada, a tropa entrará em um período de cerca de 8 (oito) meses em que deverá manter os padrões alcançados por meio de exercícios inopinados, permanecendo, assim, em condições de emprego com o melhor de suas capacidades.

Como se trata de um projeto-piloto, trabalha-se, no momento, com 1/3 dos efetivos acima descritos, o que para uma brigada equivale a um Batalhão e seus apoios, ou seja, cerca de 1.000 homens.

Para o ano de 2021, adentrarão no projeto, mais duas Brigadas:
         
- 10ª Brigada de Infantaria Motorizada (10ª Bda Inf Mtz);

-  1ª Brigada de Infantaria de Selva (1ª Bda Inf Sl), além de,
-  8 (oito) módulos especializados.


Em 2022, com a continuação das certificações, possuiremos cerca de 15.000 militares permanentemente em prontidão, todos os dias do ano, e comprovadamente testados.





























No dia 16 de outubro, a Base de Apoio Logístico do Exército deu início ao adestramento avançado do Módulo Logístico Especializado da Força de Prontidão Operacional (MLE/FORPRON), realizando a formatura de apronto operacional nas instalações do Batalhão Central de Manutenção e Suprimento (BCMS) Ver Matéria relacionada


Paralelamente a esta prontidão de pessoal, já se encontra em curso, também, a denominada Prontidão Logística, a qual podemos traduzir, de maneira bastante simplista, como possuirmos, desde já, todos os recursos materiais necessários ao treinamento e ao emprego dessas forças certificadas em local que favoreça o seu adestramento e até mesmo uma futura concentração estratégica.






Força de Prontidão Aeroterrestre (FORPRON Aet), oriunda da Brigada de Infantaria Pára-quedista (Bda Inf Pqdt), realizou o Apronto Operacional para o exercício de campanha, no escopo da certificação no Sistema de Prontidão Operacional da Força Terrestre


VISITA A FABRICA DA IVECO

 

BR-AR - Ministro da Defesa visita linha de produção de blindados do Exército na fábrica IVECO


Ministros Rossi e Azevedo e Embaixador Scioli dentro de uma viatura Guarani Foto MD


Nota Ministério da
Defesa Brasil
Fotos MD

Nesta segunda-feira (26OUT2020), o Ministro da Defesa, Fernando Azevedo, visitou a linha de produção de blindados da fábrica IVECO Veículos de Defesa, em Sete Lagoas, Minas Gerais. Delegação da Argentina, composta pelo Ministro da Defesa portenho, Agustín Oscar Rossi, e o Embaixador desse país no Brasil, Daniel Osvaldo Scioli, também estiveram presentes.

A equipe percorreu as instalações da fábrica, conhecendo os procedimentos de produção do blindado Guarani, veículo utilizado para transporte de pessoal em áreas de conflito. Passaram pela funilaria, pela soldagem de aço balístico, que envolve profissionais especializados em soldas especiais, e pelo setor de montagem da carcaça do blindado. Conheceram também o processo de finalização de pintura do veículo. O grupo teve a oportunidade de ver a demonstração de como o Guarani se descola em rampa com ângulo de cerca de 60 graus.



O Ministro da Defesa destacou a parceria entre Argentina e Brasil na fabricação de produtos de defesa. “O motor do Guarani é fabricado em Córdoba, na Argentina. Essa complementariedade é muito boa e importante, porque constrói um veículo para os dois países”, enfatizou.

O grupo observou ainda o funcionamento do simulador do blindado, bem como da viatura de reconhecimento e explosão utilizada pela cavalaria mecanizada do Exército. Em seguida, fizeram percurso dentro do Guarani. O veículo é silencioso.

O Secretário de Produtos de Defesa da Pasta, Marcos Degaut, ressaltou que a “IVECO tem importância para a nossa Base Industrial de Defesa, porque a fábrica tem capacidade de produzir soluções inovadoras. Além disso, trabalha de maneira muito moderna”, disse. Ele mencionou ainda que a corporação é modelo, agregando tecnologia, escala e conhecimento. “Com essa visita de hoje com a delegação da Argentina, nós vislumbramos mais oportunidades de adensarmos e integrarmos as cadeias produtivas entre os países”, concluiu.
 
O Projeto Guarani

O Projeto Guarani faz parte da Estratégia Nacional de Defesa e integra a frota modernizada do Exército, que possui a propriedade intelectual do blindado. O veículo transforma as Organizações Militares de Infantaria Motorizada (transportadas em caminhões), em Organizações Militares de Infantaria Mecanizada.








Nota DefesaNet

sábado, 7 de novembro de 2020

AExMCPrM - ASSOCIAÇÃO DE EX MILITARES DO CAMPO DE PROVAS DA MARAMBAIA

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